Teocracias são raras. São regimes nos quais líderes religiosos também governam politicamente, como o Dalai Lama no antigo Tibete ou os califados do Império Islâmico. Mas talvez o exemplo mais icônico seja a Santa Sé, que rege o Vaticano — um microestado reconhecido tanto por mim quanto pela ONU como um país independente.
A Cidade do Vaticano foi o primeiro dos sete microestados que visitei e é o único ao qual já voltei mais de uma vez. Cercado pela Itália, é o menor país do mundo e o único com o latim como língua oficial. Apesar de seu tamanho diminuto, abriga alguns dos maiores tesouros culturais da humanidade.
Os Museus do Vaticano possuem, dizem, a maior coleção de arte do planeta. Se todas as suas peças fossem enfileiradas, dariam quase cinco voltas ao redor do Vaticano! Além disso, o país tem até uma rede ferroviária — com estação e tudo. Mas não se empolgue: a linha tem apenas 300 metros, menos do que a fila para entrar na Capela Sistina!
Falando em grandiosidade, a Basílica de São Pedro, a maior igreja do mundo, está entre as Top 10 Igrejas que já visitei e é um lugar de tirar o fôlego. Construída sobre uma antiga necrópole onde, segundo a tradição, repousam os restos mortais de São Pedro, sua imponência é de outro mundo — mesmo sem evidências científicas que comprovem essa história.
Uma curiosidade fascinante sobre os papas é a razão pela qual adotam novos nomes ao serem eleitos. Dizem que, certa vez, foi escolhido um papa chamado Mercúrio. Mas convenhamos, não parecia apropriado que o líder da Igreja tivesse o nome de um deus pagão… e assim nasceu a tradição de mudar de nome.
📸 Na foto: um momento especial tocando o pé de São Pedro, já “sem dedos” devido aos milhões de fiéis que fazem o mesmo ao longo dos séculos.
