Este é o primeiro post da minha viagem com o tema “Circuito Andino“, que engloba cinco países da América do Sul. Hoje começo pelo Uruguai, na sua capital, Montevidéu.
Chegando em Montevidéu
Embarquei em Porto Alegre em um ônibus noturno, e antes mesmo de chegar a Montevidéu, durante a noite do domingo de Carnaval, passei por Punta del Este e vi que em plena madrugada a cidade fervia. Os bares estavam cheios e os cassinos iluminados. A empolgação da viagem nascia ali!
Cheguei em Montevidéu logo pela manhã, após uma viagem de 12 horas. Deixei minha mochila cargueira em um locker no Terminal Trés Cruces e saí caminhando mesmo. Foi uma cidade que não peguei um ônibus sequer. O relevo, sendo predominantemente plano, aliado com um centro compacto ajudaram muito.
Primeiras impressões
A duas quadras do terminal está o extremo da Avenida 18 de Julho. Esta é a principal avenida da cidade e liga a região central ao Centro Viejo, este último, o local de interesse da maioria dos turistas.
Quando caminhei pela 18 de Julho, lembrei muito de Barcelona: Acredito que as ruas largas, arborizadas e os prédios antigos bem detalhados devem ter sido os motivos dessa lembrança. Mais tarde fui descobrir que Montevidéu tinha uma Rambla, algumas praias e um Mercado Central que intensificaram essa prazerosa lembrança da Capital Catalã.
A Av. 18 de Julho termina num dos pontos mais famosos do Uruguai: A Plaza Independencia. É nela em que se encontra o monumento mais importante da cidade. Em homenagem ao General Artigas, proclamador da república Uruguaia. Sua estátua foi construída e seus restos mortais preservados em um mausoléu sob os pisos da praça.
O monumento possui uma escada muito convidativa aos turistas desavisados que querem subi-la e tirar uma foto perto do general. Mas basta um pé nas plataformas de granito, que o apito dos guardas locais soa e você precisa descer. E acredite, fiquei sentado um bom tempo na praça e vi isso acontecer inúmeras vezes!
Num dos extremos da praça, na esquina com a 18 de Julho está o Palacio Salvo, que na década de trinta foi a sede do governo uruguaio e considerado o prédio mais alto da América do Sul. Ainda na praça se encontra a atual sede do governo, dona de uma arquitetura robusta e revestida de vidros espelhados.
A Cidade Vieja
Continuando na direção da 18 de Julho e atravessando a Plaza Independencia, e adentrando sob Puerta de La Ciudadela, a única porta da muralha que cercava a cidade na época colonial, eu encontro a Cidade Vieja.
Na Cidade Vieja está todo o charme da capital. Tomar um gelato em um dos quiosques já é prazeroso. Estão situados na região o Teatro Solis, a Iglesia Matriz e a Plaza de la Constituición. Alíás, praças não faltam em Montevidéu!
Uma das cenas mais comuns são os uruguaios com uma garrafa térmica sob o braço e uma cuia com o mate já preparado. O dia inteiro eles fazem isso! Desde os ambulantes com dreads nos cabelos até os executivos de pasta e terno! O que muda em relação ao Rio Grande do Sul, é que cada um tem a sua cuia, ao invés de compartilhar entre os amigos.
Mercado del Puerto
Bem perto do Rio da Prata, nas imediações do porto está o tradicional Mercado del Puerto, o lugar certo pra apreciar a parrilla uruguaia. Durante o almoço alguns grupos musicais tradicionalistas fazem alguns shows. É muito legal mesmo!
A Parrilla Uruguaia é muito parecida com o nosso churrasco. No Mercado del Puerto os atendentes grelham a carne na sua frente e servem com arroz e salada. A cerveja Uruguaia mais famosa se chama Patricia, a qual tive o prazer de experimentar. Recomendo!
Às margens do Rio da Prata estão as Ramblas. São calçadões que se interligam e formam uma grande pista de caminhada de 20 km de extensão. A cada 500 metros um tótem indica sua posição. É um lugar de um astral lá em cima! Talvez seja a melhor maneira de ir até as praias da capital.
Enfim, Montevidéu foge à regra quando se pensa numa capital cosmopolita e moderna. A impressão é de uma cidade provinciana e calma. E ainda para ajudar, barata para os Brazucas!
Valeu pessoal! Por hora seria isso!
Abraço do Fon!