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Entenda o caso Romanov

Ekaterimburgo foi o local onde a família Romanov, última dinastia imperial da Rússia, encontrou seu trágico fim durante a Revolução Russa. Após meses de cativeiro, eles foram brutalmente executados em julho de 1918, deixando um legado doloroso que é honrado no monastério de Ganina Yama.

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Ekaterimburgo, uma cidade da Rússia de grande importância histórica, foi o cenário de um evento marcante que deixou uma cicatriz na história do país. Durante séculos, a Rússia foi governada por extravagantes czares, e a dinastia mais longa e famosa entre eles foi a dos Romanov. No entanto, o destino da família imperial chegou ao fim nas mãos do czar Nicolau II, em um evento conhecido como a Revolução Russa.

A queda do czar Nicolau II

O fracasso na guerra contra o Japão, a instabilidade sócioeconômica e um massacre brutal de trabalhadores em São Petersburgo durante seu comando minaram a popularidade do czar Nicolau II. Pressionado pelas circunstâncias, ele foi forçado a abdicar do trono, dando início a um período turbulento na história russa.

O exílio e o trágico destino

Após a abdicação, o novo governo exigiu que Nicolau, sua esposa e filhos fossem transferidos de São Petersburgo para outras residências em território russo, alegando motivos de segurança. Longe da capital, esperava-se que a família ficasse menos exposta a atos de rebelião. No entanto, esse exílio acabou levando-os a Ekaterimburgo, após passarem por dois endereços diferentes, incluindo Tobolsk, na Sibéria.

O cativeiro em Ekaterimburgo

Durante três meses, a família Romanov viveu reclusa em uma casa, sob escolta armada. Era uma situação de completo isolamento, onde ninguém podia entrar ou sair. Foi na madrugada de 17 de julho de 1918 que oficiais do Exército Vermelho, obedecendo às ordens do líder Vladimir Lenin, invadiram a casa e ordenaram que a família se dirigisse ao porão. Ali, foram brutalmente executados a tiros. As filhas, que usavam corseletes de ouro e pedras preciosas por baixo de seus vestidos, resistiram por mais tempo, já que essas joias serviram como coletes à prova de balas. No entanto, os oficiais foram implacáveis e usaram as baionetas para finalizar o trabalho. Assim, encerrava-se a mais longa dinastia da Rússia.

O legado e o local sagrado

A casa do Engenheiro Ipatyev, onde a família foi mantida em cativeiro, foi demolida em 1977 por Boris Yeltsin, que nasceu em Ekaterimburgo. Em seu lugar, foi construída a “Igreja do Sangue”, o principal ícone da cidade, em homenagem às vítimas. Na noite do assassinato, os oficiais do Exército Vermelho levaram secretamente os corpos da família Romanov para Ganina Yama, uma mina nos arredores de Ekaterimburgo, onde foram lançados em um poço profundo.

O monastério de Ganina Yama

Atualmente, esse lugar sombrio abriga um monastério, composto por sete capelas de madeira, uma para cada membro da família Romanov. O monastério de Ganina Yama tornou-se um local de paz e peregrinação, situado em meio a um bosque fresco e frondoso. Embora semanas após o assassinato o Exército Branco tenha encontrado evidências da presença dos corpos, estes nunca foram encontrados.

A história trágica e dolorosa da família Romanov em Ekaterimburgo permanece como um lembrete vívido dos tempos turbulentos da Revolução Russa. O destino dos Romanov e o legado de sua memória são lembrados no monastério de Ganina Yama, um lugar sagrado onde a paz e a reflexão encontram morada. Ekaterimburgo, com seu passado histórico e sua igreja memorial, continua a atrair visitantes em busca de compreensão e respeito por essa parte significativa da história russa.

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