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O Enterro da Sardinha

Explore o extravagante mundo do Enterro da Sardinha na Ibéria, onde o sarcasmo encontra as chamas em uma celebração única. Descubra como a Comunidade Valenciana eleva a tradição a um novo nível, desfilando sardinhas glamorosas e queimando preocupações ridículas. Uma jornada surrealista repleta de humor irônico e sardinhas em chamas aguarda você. Prepare-se para rir na cara do absurdo!

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Ah, o Enterro da Sardinha, o evento mais dramático desde a última vez que tentei cozinhar macarrão. Hoje, me vi obrigado a testemunhar essa tragédia chamada celebração na Espanha. E adivinha só? Foi mais bizarro do que uma girafa de patins.

Aparentemente, os espanhóis têm uma obsessão estranha por colocar fogo nas coisas. Não contentes com as Fogueiras de São João, decidiram realizar um espetáculo chamado Enterro da Sardinha. Mas vamos combinar, não é bem um enterro. É mais uma cremação com estilo, onde uma sardinha é sacrificada em nome dos costumes cristãos. Porque nada diz cristianismo como incinerar peixes, certo?

Vestimentas de luto durante o Enterro da Sardinha, Alicante, Espanha
Vestimentas de luto durante o Enterro da Sardinha, Alicante, Espanha

De onde vem o costume do Enterro da Sardinha?

Tudo começou lá nos idos de 1700, quando o Rei Carlos III, em um surto de genialidade, decidiu presentear o povo com uma festa à base de sardinhas na quarta-feira de cinzas. Claro, porque a melhor maneira de celebrar o início da Quaresma é comendo peixe até enjoar. Mas o calor deu um nó nas sardinhas, que começaram a cheirar mal mais rápido que uma piada ruim. Resultado: o rei mandou enterrá-las.

E assim nasceu o Enterro da Sardinha, uma tradição tão lógica quanto tentar ensinar um gato a fazer tricô. As cidades espanholas abraçaram essa cerimônia hilária, transformando o fim do carnaval em um espetáculo de absurdos. O povo, na sua sabedoria, escreve notas para enterrar (ou queimar, porque enterro é coisa do passado) junto com a sardinha.

Enquanto desfilam pelas ruas com uma escultura de sardinha, simulando uma procissão, eles leem em voz alta as notas. E o que eles querem enterrar? Coisas profundas e filosóficas, como “a falta de cerveja” e “as mulheres feias”. Ah, a profundidade das preocupações humanas.

Alguns, ousados, vão além, incluindo temas políticos e culturais. Porque nada é mais simbólico do que queimar uma sardinha em nome dos conflitos entre Moros e Cristianos, certo? No final, ao som de música, eles incendeiam tudo e celebram como se tivessem acabado de descobrir o fogo.

Na Comunidade Valenciana eles queimam tudo…


Ah, na Comunidade Valenciana, a coisa fica ainda mais interessante. Eles não se contentam em queimar sardinhas, precisam adicionar uma pitada extra de extravagância a essa receita bizarra. Aqui, o Enterro da Sardinha é uma verdadeira festa para os sentidos, ou pelo menos para quem tem um senso de humor peculiar. A galera se reúne para uma celebração cheia de simbolismo e, é claro, uma boa dose de sarcasmo.

Escultura para o Enterro da Sardinha, Alicante, Espanha
Escultura para o Enterro da Sardinha, Alicante, Espanha

A tradição continua com o desfile da sardinha, mas na Comunidade Valenciana, eles elevaram o nível. Não contentes em simplesmente queimar o peixe, decidiram criar verdadeiras obras de arte em forma de sardinha. Estamos falando de esculturas elaboradas e coloridas, que mais parecem saídas de um desfile de moda excêntrico.

O desfile é como um desfile de moda, só que em vez de modelos, temos sardinhas. E, é claro, as notas sarcásticas que o povo escreve para enterrar (ou queimar, porque enterrar é coisa do passado) com a sardinha. O que poderia ser mais emocionante do que assistir a uma sardinha desfilar na passarela com uma nota que diz algo como “A falta de sol na praia” ou “O trânsito nas ruas estreitas”?

Mas espere, a festa não para por aí. Depois do desfile glamouroso, as sardinhas e suas notas são agraciadas com um espetáculo de pirotecnia. Porque nada diz “celebração” como explosões de fogos de artifício acompanhando a queima de sardinhas sarcásticas.

E lá vão eles, rindo na cara do absurdo, queimando suas preocupações ridículas junto com as sardinhas. Na Comunidade Valenciana, o Enterro da Sardinha é mais do que uma tradição, é uma obra de arte surrealista em chamas. Afinal, por que não transformar o fim do carnaval em um espetáculo de sarcasmo e sardinhas em chamas?

Às vezes, olho para essas tradições e penso: “Eles acham estranho o que fazemos na Sapucaí?”. Afinal, cada um tem sua dose de peculiaridade, não é mesmo?

Momento em que a Sardinha é queimada, no Enterro da Sardinha, Alicante, Espanha
Momento em que a Sardinha é queimada, no Enterro da Sardinha, Alicante, Espanha
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